domingo, 1 de maio de 2016

Hiroshima - Golden Week, 2016

Sexta, 29/04, saí da fábrica, pela manhã, e tava meio frio com vento. Início do feriadão, muitos carros pela estrada. Fiz alguns pães para o pedal e depois dormi um pouco. Um pouco? Acordei a noite e fui embora. Rota 54, lua, estrelas, o som dos insetos e anfíbios, tava bem acompanhado na escuridão de poucos carros. O frio da madrugada chega e quase não sinto mãos e pés. Não podia deixar de pedalar a fim de não perder temperatura do corpo a não ser pelo xixizinho. Durante a subida da montanha, transpirei muito e a roupa ficou ensopada. Por sorte, tem uma lavanderia pelo caminho ao lado da loja de conveniência. Ali perto, vi os carros com uma película de gelo. Tava frio demais! Ao chegar na província de Hiroshima, vento...Vento contra e forte. força no pedal até chegar a cidade de Hiroshima. Por sorte, foi dia de sol. Ciclistas encontrados pelo caminho costumam se cumprimentar. Dessa vez, 2 motociclistas indo acampar acenam desejando sorte. Próximo a cidade de Hiroshima, parei ao lado do restaurante. Achei melhor esperar pela noite e sair com trânsito livre. Pedi um Rice teishoku, arroz, rámen e tsukemono. Conversei um pouco com senhora do restaurante. Simpática, disse que está ali a 24 anos. Anoiteceu, tinha muitos carros e caminhões pela estrada. Fui a um quiosque e me enfiei no saco de dormir. Voltei a estrada e parti até próximo de Miyajima. Na marina de Hiroshima, vi o sol nascer. Aqui no JP, Izumo é o local onde surgiu a história do país do sol nascente. Dali, tive noção da distância que percorri de bicicleta até Hiroshima. Do lado oposto, o do Pacífico, a baia de Hiroshima com suas ilhas e a criação de ostras. Cedo, pescadores trabalham. Tinha um casal de idosos no seu pequeno barco e um pássaro pronto para algum petisco. Deve ser trabalho duro no tempo. Trabalho de uma vida em comum. Hiroshima estava em plena atividade no domingo.Pessoas passeando, atletas do triathlon e gente de todo mundo no Memorial da Paz sendo preparada para o festival das flores. Pessoas fazem fila para orar no memorial e no sino da Sadako Sasaki, menina vítima da chuva radiotiva. Visitei o museu. Tinha muita gente, afinal é feriado nacional. Vale a pena visitar e adulto paga somente 200 yens. panfleto em diferentes idioma, inclusive português. Chamou atenção os retalhos do que foram roupas das crianças, todas identificadas com o nome. Queimadas, provavelmente o tecido que sobrou devia estar misturada a pele queimada e/ou derretidas pelo calor. Calor intenso que derreteu garrafas de vidros e metais. Ali estão fotos da pequena Sasaki até a data da sua morte, vítima de leucemia provocada pela chuva radiotiva. Vítimas da imbecilidade, intolerância e ganância de líderes carísmáticos e associados. Passei na loja do museu e comprei uma camiseta, chaveiro com um tsuru, referência a Sadako e um boton com um coração. No museu, no que sobrou do uniforme de uma menina, tinha um boton com um coração e 2 kanjis. Um deles é referente a mulher, pois era uniforme de escola para meninas. Passei frio na montanha, fiz força contra o vento na rota 54 e cheguei em Hiroshima cansadão. Já passei dos 50 anos e tenho sorte. Muitas crianças não passaram dessa fase da vida a 70 anos atrás. Fim do passeio, voltei de Shinkansen, trem bala. Pela primeira vez, perdi a carteira... Vou de um lado a outro e nada. Perguntei a uma senhora que vende bentô, marmita. Por sorte, ficou sabendo sobre uma carteira perdida. Ligou para alguém e confirmou ser a minha carteira. Ensinou o local para pegar de volta. Estava no Hiroshima wasureru senta, ou achados e perdidos. O funcionário da estação deu mapa e indicou o local. Peguei a carteira e comprei uns docinhos para a senhora. Ajudou bastante!




























































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